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CONTO/ NADA PESSOAL




Nem sei se te conto.
Onde bati meu ponto.
As portas que arrombaste.
Pra vários eu um traste!
Nessas sem valor.
Meu ouvi ai amor.
Por ai não valho um conto.
Meu relógio meio tonto.
Meio dia é meia noite o mote
Meia noite meio dia meu norte
Mais pra tu quanto valho?
Uma gota de orvalho?
Um choro pela ponta?
Pelo amor me tome conta.
Juro! Tomo tento.
Não me perco pelo vento.
Na batida de um cavaco.
Abres-me o barraco.
E não me pede a conta.
Meu coração não mais apronta.
São angustias que eu talho.
Me diz amor quanto valho?
Quanto vale meu peito?
Um verso a ti feito?
Ou tuas malas já prontas?
Tu benzesses minhas contas.
E as mesmas não desfiam.
Teus olhos que me guiam.
Toda vez que fecha o cerco.
Toda noite que me perco.
E agora me afronta.
Não to numas “de faz de conta”.
No vazio que me embaralho.
Me diz quanto valho?
Nem a recordação?
Nem a angustia de tua mão?
Nem a reza de teu ponto?
Nem um poema nem um conto.
Nem uma revolta de Hamilton
Nem um acorde a mil tons
Meu eu quieto não me espalho
A ausência de teus olhos que eu valho?
Ou as noites de calor?
Se me perdoar amor!
A maldade não me atentas.
Direciono minhas ventas.
Meu corpo quando em brasa.
Direciono-me tua casa
Teus caminhos estreitos
Nos cômodos de teus peitos
Tua flor quando desflora
Onde meu eu mora
Mais me diga quanto valho
Nosso amor no assoalho?
Ou se ofendendo pelo canto?
Respeitamos nosso pranto
Um detalhe é a renda
E o outro é a prenda
Pois vivemos estrofe a estrofe
Arrombando cofre a cofre
Agora bancas de horror
E trancas o fulgor
Querem mesmo que eu encalho
Isso tudo que eu valho
Mais pra tu quanto?
As noites que te canto
Ou o fulgor de nosso encontro
Ou seu já era bate e pronto
Na poesia queres um ponto
Eu numa de eternizar o conto
É nisso que eu falho
Me diz amor quanto valho?

4 Responses so far.

  1. Bela escrita!
    Vou aproveitar e pedir a licença poética para semear essa rimática pelo meu blog, pode?

    ^^

    Abraço!

  2. pode pa dama é nois q ta bjs

  3. Oi Akins,
    Já trocamos alguns emails, sobre um projeto que a Mariana estava articulando. Mandei um email pra você na sexta passada, mas ele voltou. Por favor, entra em contato comigo, quero lhe fazer um convite para uma palestra na Fundação Casa em que trabalho.

    Meu email: lari.lisboa@gmail.com

    Ah, outra coisa, bacana suas letras! Passa lá no meu blog pra tomar um cafézinho e compartilharmos nossas loucuras literárias:

    http://larissalisboa.blogspot.com/

    Abs,
    Larissa

  4. Unknown says:

    Mano ai muito bom meus aplausos...
    Seu poema to fazendo um trabalho de escola ai eu lembrei do território africano diante dele achei esse poema e gostei muito posso pegar pra apresentar no meu trabalho?

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