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Meu Caro Amigo / Negra Reaja...




Meu caro$ amigo
Me perdoe se quiser
Vou-te a ti com uma resposta
To numas mesmo de ver qual que é
Dessas idéias tão oposta
Aqui na terra
Tão passando o cerol
Escravismo e abandono cai no rol
Branquidade da cidade tão em prol
Mais o que eu quero lhe dizer
Que a coisa aqui não ta preta
E antes tivesse
Nem com prece ameniza a situação
E a gente ainda existe e resiste
Nesse mundo
Perseguem e assassinam jovens pretos
Num segundo
Desde o tempo da escravidão
Meu caro$ amigo
Não to numas de queixa
Nem provoca o seu talento
Mais acontece
Que não posso me deixa
Palavra preta solta ao vento
Aqui na terra
Tão passando o cerol
Escravismo e abandono cai no rol
Branquidade da cidade tão em prol
Mais o que eu quero lhe dizer
Que a coisa aqui não ta preta
E antes tivesse
E acontece umas maldades com irmão
Jogam crack, cachaça, paus-de-arara que ate pira
É barracos e barrancos tanto tiro e tanto tira
Um genocídio em ação
Meu caro$ amigo
Escuta ai e na moral
Pro homem preto
É uma desgraça
Hipocrisia é a democracia racial
E a igualdade é uma farsa
Aqui na terra
Tão passando o cerol
Escravismo e abandono cai no rol
Branquidade da cidade tão em prol
Mais o que eu quero lhe dizer
Que a coisa aqui não ta preta
E antes tivesse
E desce a lenha pra qualquer averiguação
E a gente é confundido e ofendido
Vários tapa
E a gente é enquadro e esculachado
Que até chapa
É duro tanta humilhação
Meu caro$ amigo
Como eu ia te escrever
Seus ancestrais foram broncos
Um a par de preto chegou até morrer
Por saber ler levado ao tronco
Aqui na terra
Tão passando o cerol
Escravismo e abandono cai no rol
Branquidade da cidade tão em prol
Mais o que eu quero lhe dizer
Que a coisa aqui não ta preta
E antes tivesse
Alexandre deixa salve para os meus
É o Flavio, o Mario. Negro Blul levado a morte
Donizete e Januario sofreu escapou por sorte
Negro reaja ou se não adeus

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