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FIM DE SEMANA

Tenho uma vontade monstrona de musicar esses dois escritos, meu parceiro Fanti Mano Humilde, pediu para trampar com seus alunos, e o mano Keshada, pediu também fico mol feliz, escrevi esses poemas quando a gente fazia as gravações para o documentário Várzea a Bola Rolada na Beira do Coração, o que mais gosto é a estrutura do texto com algumas figuras de linguagem respeitadamente as três parte do poema todo é do mesmo tanto de verso, bem quero ainda musicar tenho a idéia na mente logo menos conseguiremos concluir esse trampo, por enquanto lê ai na humildade é nois


Fim de semana é fim
E tu muito gosta
No campo tu gasta
O que arruma o que aposta

Parte do teu coração
Pro futebol uma parte
Pro teu samba a outra
Eu fico com a arte
De não tomar parte pouca

Você beirada de campo
Rodeia na obrigação
Eu a beirada triste
Rodeio o teu coração

Tu abusa rapaz
Porque a porta não barro
Minha tristeza eu barro
Meu tênis sujo de barro
Teu semblante de paz

Faz eu abrir o barraco
Coberto de solidão
O teu olhar de perdão
O meu maior ponto fraco

Nas calor do meu peito
Tu te aconchegas e afunda
Se rola e se deita
Daqui a pouco é segunda

Isso pra mim é o fim
Essa tua vida insana
Pra mim só resta o fim
O fim do fim de semana

Cada samba um toque
Meu coração sente
O tamborim que é teu peito
E a cuíca presente

O dia vai tu não vens
Olha pra tu o que tens?
Um poema no bolso
Camisa do Inajar
Seus únicos e bons bens

Tardes vans sem você
É o que mais me açoita
Nos campinhos de barro
Tu te confortas e amoita

Tu abusa rapaz
Nas beiradas de campo
O coração teu eu campo
Tua melhora eu campo
É o que me satisfaz

Ai eu abro o barraco
Quando da rua se cansa
O seu olhar de criança
O meu maior ponto fraco

Nas ilhas tristes dos olhos
O teu olhar me inunda
Você tranqüilo nada
Daqui a pouco é segunda

Isso pra mim é o fim
Essa tua vida insana
Pra mim só resta o fim
O fim do fim de semana

Se não trouxesse a paz
Se seu sorriso fosse
Amargo como tua vida
Não como teu beijo doce

Dava o fim no teu jogo
Nas coisas boas que finto
Nos gols bonitos que mete
No campo bom da tua mente
Sinceramente não minto

Nossa vida enrolada
Já passou de paixão
E nossa bola rolada
Nas beiras do coração

Tu abusa rapaz
E tua roupa ainda passo
Neurose joga. Passo
Embriagado seu passo
Teu sorriso voraz

Faz eu abrir o barraco
Florescendo amargura
O teu olhar de ternura
O meu maior ponto fraco

Adentra meu coração
Com tua pele imunda
Eu lavo com doces lagrimas
Daqui a pouco é segunda

Isso pra mim é o fim
Essa tua vida insana
Pra mim só resta o fim
O fim do fim de semana



Fim de semana o começo
Desando e não meço
Saio e não peço
É erro? Não reconheço

Me divido pra tu
Pro futebol, pagode
E a labuta não nego
Delicio no acorde
E no teu aconchego

Nas beiradas de campo
Rodeio como abrigação
A responsa de trampo
É ruim e obrigação

Só abuso mulher
No amor que tu portas
Nunca me tranquem as portas
Olha como se portas?
Tu és minha preta de fé

Vai me tranca o barraco
Que deposito amor
Porque meu eu sonhador
Passeou com um cavaco

Vou descansa o esqueleto
Á fabrica ta de ronda
Segunda é dia de preto
E daqui a pouco é segunda

A semana é o fim
O trabalho me esgana
Pra mim só resta o fim
O fim de semana

O coração traz verso
De meus sambas que é Práxis
Meu olhar submerso
Ta entendendo Karl Marx

Rapidão o dia sai
A noite vem o sol cai
Meu bem tu és meu bem
O Inajar também
E um samba que se esvai

No trampo bato o cartão
E a maquina não afoita
Festival no campão
Do sol nascer e pernoita

Só abuso mulher
No fogo de nossa chama
É amor que isso chama
E o campinho me chama
Eu vou pra ver qual que é

Vai me tranca o barraco
Porque na divinéia
Vi corre a bola véia
E voltei só o caco

Tenho responsa e não falho
Só tirei minha onda
Segunda já tem trabalho
E daqui a pouco é segunda

A semana é o fim
O trabalho me esgana
Pra mim só resta o fim
O fim de semana

Você minha dama soma
Eu me fiz de capacho
A crueldade me toma
Escravo de um mundo macho

Se findares meu jogo
No grito de uma treta
Um gol sai pela culatra
Vou com as cachaças de litro
E vou tocando de letra

De jogada em jogada
Certeza faz a canção
Que nossa bola é rolada
Nas beiras do coração

Só abuso mulher
Vendo rolar essas bolas
Pros tititi num de bolas
No Adarrum que tu bolas
Que acho. meu axé

Vai me trancar o barraco
Que a poesia fez casa
Te amo mô. Depois da várzea
E com verdade que me taco

Quer chorar que banhe
Assanhe analise e sonda
Segunda é dia sem sonho
E daqui a pouco é segunda


A semana é o fim
O trabalho me esgana
Pra mim só resta o fim
O fim de semana

4 Responses so far.

  1. cassimano says:

    Da hora paizão!! Esse é um dos que mais gosto também, Aquele "Era pra ser mais não foi" é loco eim pai... Musica ele também na moral?

  2. é memo maloca, vou fazer esse corre mesmo, velhos tempos de gravação que foi bem legal pra gente...

    é nois

  3. Unknown says:

    ótimas lembranças...vamo mete um tambura um pandeiro...um cavaco e musicar essa parada meu bom...forte abraço...saudades po
    Abraços Lig

  4. Unknown says:

    Eu agora virei uma admiradora sua,
    daqui do nordeste da terra do sol,
    admiro você poeta negro lindo,
    aqui sorrindo na tela do meu computador.

    Sua poetica poesia
    deixa mais leve o dia
    Sem ter mais o que falar
    espero um dia te ver do lado de cá.

    ABraços
    Josiene

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